Numa cidade do interior, viviam duas mulheres que tinham o mesmo nome: Flávia. Uma era freira e a outra taxista. Quis o destino que morressem no mesmo dia. Quando chegaram ao céu, São Pedro esperava por elas
– O nome?
– Flávia
– A freira?
– Não, a taxista.
São Pedro consulta os seus apontamentos e diz:
– Bem, ganhastes o paraíso. Leva esta túnica com fios de ouro. Podes entrar.
A seguinte.
– O teu nome?
– Flávia
– A freira?
– Sim, eu mesma.
– Bem, ganhastes o paraíso… Leve esta túnica de linho. Pode entrar.
A religiosa diz:
– Desculpe, mas deve haver algum engano. Eu sou Flávia, a freira!
– Sim, minha filha, e ganhastes o paraíso. Leve esta túnica de linho…
– Não pode ser! Eu conheço a outra Flávia, Senhor. Era taxista, vivia na minha cidade e era um desastre! Subia os passeios, batia com o carro todos os dias, conduzia pessimamente e assustava as pessoas. Nunca mudou, apesar das multas e repreensões policiais. E quanto a mim, passei 65 anos pregando todos os domingos na paróquia. Como é que ela recebe a túnica com fios de ouro e eu esta?
– Não há nenhum engano – diz São Pedro. É que, aqui no céu, adotamos uma gestão mais profissional do que vocês têm lá na Terra.
– Não entendo!