Mulher usava vagina para esconder tesouro

ouroPeças em ouro foram furtadas, de Leiria a Setúbal, por grupo de nómadas.

Na vagina de uma mulher, a PSP encontrou onze jóias em ouro e um relógio Omega Speed Master. Faz parte de um grupo nómada, cujo julgamento está marcado mas pode não realizar-se; o tribunal não encontra os arguidos para os notificar.

Com efeito, e segundo o JN apurou, as primeiras sessões do julgamento estavam marcadas para amanhã e depois de amanhã, no Tribunal da Moita, na Margem Sul do rio Tejo, mas a verdade é que as autoridades não conseguiram notificar os arguidos, por desconhecerem o seu paradeiro.

Como consequência, o tribunal teve que adiar o início dos trabalhos, mas sem ter qualquer certeza de quando os poderá reiniciar, o que poderá conduzir à impunidade dos autores dos crimes, acusados da prática de associação criminosa, onze furtos qualificados em residências, receptação, falsificação de documentos, condução sem carta e falsas declarações.

Os indivíduos, catorze homens e mulheres, ligados aos romi, com origem na sua maioria, na zona dos Balcãs, mas também em Itália. A acusação do Ministério Público dá conta que vieram para Portugal, até 2006, para praticarem furtos em residências.

O principal objectivo do grupo era o furto de ouro, relógios, dinheiro e telemóveis, artigos de fácil transporte e venda, num modus operandi em tudo similar a um outro inquérito que decorre no DIAP do Porto e que está também sob investigação da PSP.

O grupo em fuga, no entanto, começou a ser investigado pela PSP da Moita, em 2007, e foi na sequência dessas operações policiais que a polícia veio a detectar, em Março, uma mulher, de nome L.D., de 29 anos, natural da Croácia, depois de buscas na residência que ocupava no Montijo, na Rua João das Regras. A arguida só veio a ser detida na cidade de Elvas, junto à fronteira com a Espanha, para onde se prepararia para fugir.

Na revista efectuada por uma agente da PSP, segundo os autos, foram-lhe encontradas na vagina dois anéis, três brincos, três pendentes com pedras preciosas, um fio com cerca de meio metro, um relógio Omega Speed Master, duas pulseiras e duas medalhas com motivos religiosos.

L.D. era uma das mulheres que foram usadas pelo grupo para a prática dos furtos em residências que ocorreram em Palmela, em Setúbal, na Moita, no Seixal e em Lisboa (Telheiras e Pontinha) e em Leiria, enquantos os homens ficavam em casa a tomar conta das crianças.

Foram arrendadas casas no Montijo, Pinhal Novo e Moita, onde as famílias viviam, assim como em rulotes, e onde guardavam os objectos furtados. Quando as mulheres chegavam, os homens encarregavam-se, então, dos objectos, procedendo à sua venda ou ao seu encaminhamento para fora do país.

De acordo com os autos, o chefe do grupo, tido como muito bem organizado, era um indivíduo de nome Z.M., de 44 anos, natural da Jugoslávia, que distribuía todas as tarefas.

Num dos furtos, em Palmela, o grupo conseguiu entrar numa moradia, numa urbanização de luxo, de onde conseguiram retirar um cofre com 600 quilos, que continha mais de 200 mil euros em jóias.

Seis elementos do grupo foram detidos e ficaram em preventiva e os outros constituídos arguidos, com termo de identidade e residência, mas por causa da reforma do Código de Processo Penal, eles acabaram por ser libertados, enquanto os outros nunca cumpriram as apresentações periódicas às autoridades.

As autoridades admite que terão todos fugido para fora do país, se bem que um novo grupo tenha sido detectado, desta feita pela PSP do Porto, em assaltos realizados também em Lisboa. As autoridades estão agora a tentar perceber se haverá alguma ligação ligação entre as duas estruturas organizadas.

Fonte: JN

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